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Trabalhador e Liderança 4.0

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A transformação digital exige que cada organização reconheça que esta transição deve ser feita em parceria e em conjunto com outros atores: clientes, fornecedores de soluções digitais, escolas e universidades, centros de investigação e desenvolvimento, entre outros.

Adotar uma abordagem de inovação aberta passa por reconhecer que a inovação, não é mais possível fazer-se com os recursos internos de uma organização. A única forma de ultrapassar estes obstáculos é estabelecer parcerias, interagir com as várias entidades que nos rodeiam, tendo cada uma o seu papel e âmbito de atuação.

As empresas devem selecionar os palcos que devem frequentar, perseguindo a sua agenda de inovação devidamente enquadrada nos diferentes estados de maturidade, e que procurem concretizar esta sua agenda de forma sustentável, assumindo os riscos e gerindo os diferentes processos de forma adequada.

É muito importante entender quais são os princípios a serem adotados para a sua área de atividade, adaptando e implementando esses atributos, de forma a acompanhar a evolução no setor.

Posto isto, as empresas devem especializar a sua mão-de-obra de modo a que acompanhem esta evolução e garantam a sua crescente competitividade. Existe então um conjunto de skills que devem ser procuradas nos trabalhadores para apostar na transição digital.

SKILS Trabalhador 4.0

  • Saber explorar dados de modo a extrair informação e a criar conhecimento sobre os processos;
  • Utilização de algoritmos sofisticados de machine learning, passando pelos métodos estatísticos, e pelas tecnologias, desde folhas de calculo até ambientes de programação, passando pela linguagem SQL e pela utilização de software de data analytics;
  • Ser capaz de avaliar riscos, identificar as ações e as tecnologias necessárias e implementar planos de cibersegurança;
  • A gestão de projetos assume também um papel importante. É essencial saber definir, avaliar riscos, planear, executar, monitorizar e avaliar projetos;
  • A gestão da inovação, ou seja, a capacidade, de uma forma estruturada, passar ideias para a concretização em novos produtos, processos e serviços, envolvendo toda a estrutura da organização.

Compete então às empresas analisar as mudanças nos mercados e adaptar as suas estratégias de forma a aproveitar as novas oportunidades. Os gestores devem preparar as suas empresas para esta transformação digital, com os melhores recursos e a estrutura adequada, de forma a dar resposta aos desafios que se aproximam.

Assim, as lideranças têm um papel de destaque na responsabilidade pelo sucesso da transformação digital. Têm a responsabilidade de criar um ambiente de modo a:

  • Quebrar a resistência à mudança;
  • Fomentar a participação de todos e com autonomia;
  • Fazer fluir a informação por todos;
  • Fornecer as ferramentas digitais;
  • Trabalhar objetivamente as competências em falta;
  • Criar contextos de comunicação aberta;
  • Criar o hábito da experimentação;
  • Aceitar o risco.

Esta Liderança 4.0, exige a definição de um roadmap estratégico que misture tecnologias, processos e pessoas.

A gestão de recursos humanos tem também que melhorar significativamente. Gerir o talento, combater lacunas de competências e fomentar o crescimento pessoal, são facetas necessárias para a ajuda na transição digital de uma empresa.

Estes novos cenários digitais, exigem a colocação do skills digitais, de I&D, gestão de projeto e design thinking, no centro das atividades de recrutamento e de formação.

É importante também saber fazer parcerias, com clientes, fornecedores, escolas, entidades de I&D, fornecedores de equipamentos, entre outros.

Estes desenvolvimentos trazem vantagens diretas à forma como as empresas gerem e operam o seu processo industrial, com a diminuição de desperdício de matéria-prima, custos diretos e indiretos associados e nos atrasos da cadeia produtiva. Isto faz com que as empresas ganhem conhecimentos valiosos e uma maior vantagem competitiva.

Tudo isto requer mudanças que só podem ser eficazes com formação, treino e experiências de contexto reais.

Uma organização que consiga reunir estas características vai ser certamente capaz de evoluir e atrair, reter e fazer crescer talento.